A vida é curta e passa num piscar de olhos. É preciso, portanto, que a desfrutemos ao máximo, encarando todas as suas fases e situações com uma alma jovem e postura otimista. Não podemos deixar que a idade envelheça e enrijeça nossos corações, almas e mentes, mas sim, vislumbrarmos que o ponteiro do relógio nunca volta atrás. Devemos sempre lembrar que temos apenas duas opções: dotar nossa vida de um profundo significado, ou não.
Setembro é o mês das novas gerações e isto significa que devemos priorizá-las em todos os sentidos, ou seja, promovendo, auxiliando, orientando e socorrendo a juventude a todo o momento, sob pena de perdermos a chance de influenciarmos positivamente àquelas pessoas que comandarão o mundo daqui alguns anos.
Mas como poderemos positivamente influenciar os jovens com o espírito envelhecido? Como nos ouvirão, se nosso discurso remete a um mundo que não existe e nem existirá mais? Como proporcionaremos a eles uma formação melhor do que tivemos, senão paramos para escutá-los e nem sequer entendê-los?
Precisamos nos conscientizar que não melhoramos o mundo que recebemos e, portanto, se continuarmos a fazer o que sempre fizemos, continuaremos a obter o que sempre obtivemos. O mundo precisa de resultados melhores, mas, pelo que ouvimos nos noticiários, isso está muito longe de acontecer.
Como proceder então? Reconhecendo nossa deficiência em nos comunicar com eles já é um primeiro passo. Precisamos nos "re-adolescentizar" um pouco. Entendê-los e fazê-los refletir é melhor que criticar. Apresentar uma postura de amigo e não de doutores no assunto "vida" também é importante, para que saibam que ainda temos muitas dúvidas sobre tudo. Orientá-los a agir ao invés de criticar e se unir, ao invés de polemizar, sempre à luz da Prova Quádrupla.
Não é fácil e nunca será, assim como não foi para nossos pais. É difícil capacitar pessoas para um mundo que ninguém ainda conhece, uma vez que o conhecimento mais que dobra anualmente nos dias de hoje. A profissão mais bem paga dos próximos 10 anos ainda não surgiu. A tecnologia mais incrível da próxima década ainda não foi inventada. A maneira de se comunicar e de se expressar vai mudar muito e de forma assaz veloz.
Cirurgias virtuais, penitenciárias sem paredes, vôos sem avião, empresas sem patrão tudo é possível. Mas ainda precisamos sonhar e lutar por um mundo sem fome, sem corrupção, sem guerras, sem agressões exageradas ao meio ambiente, sem drogas e sem impunidade. Sem a juventude ao nosso lado, nada disso será minimamente possível.
Se não entregarmos aos jovens um mundo melhor do que aquele que recebemos de nossos pais, que pelo menos o entreguemos com mais esperança e mais vontade de fazer o que é certo em detrimento daquilo que é esperto. Precisamos reavivar o patriotismo puro, sem ideologias decadentes e indecentes, para manter e ampliar a soberania nacional, pois até isso querem nos roubar.
Parafraseando meu pai duas vezes, "que lutemos pelas próximas gerações e não pelas próximas eleições", sempre empreendendo "mais ação e menos conversa".
E viva a independência do Brasil!
Sergio Luiz Sottomaior Pereira
Presidente 2011/2012
Rotary Club de Curitiba Oeste