Ocorrida no último dia 07 de novembro, a XXIII edição do Programa Pritaneu do Rotary Club de Curitiba Oeste, teve como homenageados a Sra. Marina Steffen Casagrande, na modalidade Prêmio Guido Arzua dos Profissionais Notáveis e o Centro de Integração Empresa – Escola do Pr, CIEE-Pr, na modalidade Prêmio Avelino Vieira das Empresas Socialmente Responsáveis, este representado pelo Sr. Arwed Kirchgässner, presidente da entidade.
Ambos os homenageados também receberam um diploma de admissão na Honorífica Ordem do Pritaneu, que confere a ambas a possibilidade de participarem das reuniões do Rotary Club de Curitiba Oeste, sem ônus pessoal.
Como de praxe, o Companheiro Adelcio Volpi contextualizou aos convidados os Prêmios e homenagens que seriam concedidos naquela noite, explicando como nasceu e de onde veio a inspiração que levou Guido Arzua a criar o Programa Pritaneu, em 1990.
Após a apresentação do CIEE-Pr pelo Companheiro Estefano Ulandowski e os motivos pelos quais foi escolhido para receber a honraria neste ano de 2014, o Presidente do Curtiiba Oeste, Roberto Preosck, passou às mão do Presidente do CIEE-Pr um diploma que confere à entidade seu ingresso na Honorífica Ordem do Pritaneu. O Troféu Guido Arzua foi entregue pela Sra. Marli Preosck, esposa do Presidente Preosck. Em seu discurso, o Presidente Arwed ressaltou os pontos prioritários para o CIEE-Pr e, em nome da entidade, agradeceu a homenagem da noite.
Em seguida, a Dra. Marina Steffen Casagrande foi apresentada pela Companheira Mariane Ferreira, declinando os motivos pelos quais fez jus às homenagens da edição 2014. O diploma e o troféu foram entregues pelo Presidente Preosck e esposa Marli, respectivamente. Em discurso curto, porém muito emocionante, a Prítane 2014 levou muitos às lágrimas com sua simplicidade e sua firme determinação pelos mais pobres, desde a época da FREI, inclusive criticando o seu encerramento.
O Companheiro Paulo Salamuni, falando na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Curitiba, enalteceu as qualidades de ambos os homenageados, salientando que Curitiba deve muito a estes exponenciais da cidade, fruto de seus trabalhos sempre executados de forma solidária e incansável.
A Governadora Assistente Lurdinha Persicotti proferiu manifestação emocionada pela beleza e profundidade das homenagens, lendo a seguir mensagem da Governadora Maria de Lourdes Caramori Caldas, enaltecendo esta iniciativa anual do Curitiba Oeste.
Duas figuras exponenciais, reverenciadas por toda a noite de 07/11. Avelino Vieira e Guido Arzua emprestam anualmente a grandeza dos seus nomes à Cerimônia da Honorífica Ordem do Pritaneu e, por sua vez, o Rotary Club de Curitiba Oeste os reverencia pelo exemplo de pais, profissionais, rotarianos e seres humanos solidários do mais alto grau que foram durante suas vidas inteiras.
Agradecendo a presença de todos, muito feliz com o excelente prestigiamento da reunião, o Presidente Roberto Preosck agradeceu a todos que se envolveram na organização do evento, aos presentes e aos homenageados, reforçando que os mesmos são convidados do Clube para comparecerem sempre que quiserem às reuniões do Clube.
Conheça os fundamentos do Programa Pritaneu, bem como visite a galeria da Honorífica Ordem do Pritaneu, contendo todos os homenageados, desde os seus primórdios. Conheça também sobre o criador do Programa Pritaneu, nosso querido e saudoso Ex-Diretor de Rotary International Guido Arzua.
Um pouco mais sobre a Dra. Marina Steffen Casagrande
Marina Steffen Casagrande sempre esteve comprometida com a caridade. Nasceu em Lages, Santa Catarina, no dia 22/11/1932, filha de Jandira e Rodolfo. Morava na fazenda e, desde criança manifestou seu desejo de ajudar os mais necessitados, realizando curativos com os andarilhos que por lá apareciam, fornecendo água e comida, embora muitas vezes contrariando seus pais.
Casou com Lionço Hilário Casagrande, aos 15 de idade, empresário do ramo madereiro e juntos tiveram 5 filhos, Marina Rita, Lelia, Edna, Geraldo e Liomara. Moravam em Lages e tinham boas condições financeiras, o que lhe permitiu, na época, fornecer marmitas aos menos favorecidos e ceias de natal para os moradores de ruas.
Em 1964, após a falência da empresa, Marina, junto com seus filhos e marido, se mudaram para Curitiba. A partir de então, passou a trabalhar para o sustento da família, fazendo doces para festas, confecção de roupas e na área de vendas. Mesmo nestas condições, se comprometia com a caridade. Seu primeiro trabalho social em Curitiba foi na Igreja Catedral, confeccionando roupas para crianças, bichinhos de pelúcia e bolachas enfeitadas, para doação às crianças carentes, que perdurou por mais de 10 anos.
Iniciou seu trabalho com indigentes na FREI – Fundação e Recuperação do Indigente, entidade que recebia subsídio da Prefeitura e que, porsteriormente foi transformada na atual FAS – Fundação de Ação Social, instituída pelaLei Ordinária 2585/65. A Frei visava dar assistência e possibilidades de recuperação aos pobres e moradores de rua. Possuia sede administrativa na Água Verde e uma área situada no Município de Campo Magro, doada pela Prefeitura, que foi denominada como NÚCLEO, para onde eram encaminhados os desajustados sociais, sendo em sua maioria, dependentes de álcool e drogas. Marina cumpria com seu trabalho social, recebendo e acomodando estas pessoas, fazendo os encaminhamentos necessários para obtenção de documentos e internação em Clínicas, se fosse o caso. Organizava palestras e cursos técnicos de marcenaria, artesanato, panificação, mecânica e agricultura. Nos finais de semana eram organizadas feiras para vendas dos produtos , que ficou conhecida como a “Feira da Carroça”.
Ainda na FREI, participou do projeto conhecido como “Comunidades Rurbanas”, que tinha por objetivo criar comunidades semi-rurais, formando “um cinturão verde” ao redor da cidade, como forma de conter o êxodo rural. O trabalho consistia fazer a triagem nas favelas de Curitiba, de famílias provenientes da área rural, visando assentar 60 delas, cada uma numa área de 12.100 m2, em parceria com a COHAPAR e SEASA. A COHAPAR contruia a casa, que só começaria a ser paga após 5 anos, e a SEASA se comprometia em comprar toda a produção agrícola das famílias. A primeira comunidade foi inaugurada em Feira de Santana e, logo após, outra foi criada em Faxina, sendo que nesta a área foi ampliada 24200 m2, para assentamento de 180 famílias.
Este trabalho foi reconhecido internacionalmente, vindo para a inauguração da 1ª comunidade o Presidente do Brasil, na época, General Figueiredo, o Prefeito de Palermo entre outras autoridades.
Com o falecimento do seu marido e dois de seus filhos nos anos de 1993 a 1996, passou a frequentar o Centro Espírita “Capa dos Pobres”, onde até hoje desenvolve trabalho voluntário dirigindo o grupo dos recém-nascidos, confeccionando enxovais, em média 800 ao ano, os quais são distribuídos para gestantes carentes.
Realiza ainda trabalho voluntário com famílias de extrema pobreza, residentes numa comunidade no bairro Santa Quitéria, portadores de deficiência visual congênita. O trabalho consiste na arrecadação de 46 cestas básicas, leite em pó e pão, distribuídos mensalmente, que ocorre na última terça feira de cada mês, realizado na rua porque não existe local apropriado para atender estas famílias, além de doação de brinquedos para as crianças no Natal.
Um pouco mais sobre o CIEE-Pr
O Centro de Integração Empresa Escola do Paraná – CIEE/PR é uma associação civil sem fins lucrativos e de utilidade pública, reconhecida como Entidade Beneficente de Assistência Social pelo Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS.
O CIEE/PR foi fundado em 14 de agosto de 1967. Iniciativa de um grupo de educadores e empresários preocupados com o descompasso entre a formação profissional e a capacitação do estudante para ingressar no mercado de trabalho. Entre os fundadores, destacam-se os ex-governadores Ney Braga, Pedro Viriato Parigot de Souza e Jayme Canet Júnior, Conselheiros Eméritos.
Vale ressaltar também a contribuição de várias entidades, como a Federação das Indústrias do Estado do Paraná, a Associação Comercial do Paraná, a Federação do Comércio do Estado do Paraná, Secretarias de Estado e Instituições de Ensino de Nível Médio e Superior.
Desde 1967, dezenas de milhares de estudantes passaram pelos Programas de Estágio do CIEE/PR, ocupando hoje posições de destaque na magistratura, nos poderes legislativo e executivo, no empresariado, na sociedade paranaense em geral.
Além de estágios, o CIEE/PR atua fortemente na capacitação de jovens para o trabalho por meio do Projeto Aprendiz, previsto na Lei nº. 10.097/2000, entre nós destinado a adolescentes de 14 a 16 anos e seis meses, e pela oferta de cursos gratuitos de Informática Básica e de outras disciplinas essenciais à melhoria dos índices de empregabilidade.
O Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná está presente em todo o Estado do Paraná, com uma rede de 37 unidades operacionais. Administra convênios que mantém uma média mensal de trinta mil estagiários. Possui cerca de 30 títulos municipais de Utilidade Pública, além de idêntico reconhecimento pelos governos federal e estadual. Tem ainda registros nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente de mais de 70 municípios.
|